sexta-feira, 11 de março de 2011

Brasileiros relatam caos no Japão após forte terremoto


                             Levir Culpi conta sobre momento do Terremoto

Nesta sexta-feira, um forte terremoto atingiu a região noroeste do Japão e até então, já foram contabilizadas mais de 500 vítimas e o número tende a subir. Com a rodada do Campeonato Japonês cancelada, técnicos e jogadores brasileiros relatam a situação instaurada no país após a tragédia.
Técnico do Cerezo Osaka, Levir Culpi sentiu os tremores, que alcançaram 8.9 graus na escala Richter, durante o treinamento do time. "Estávamos no CT e sentimos o chão tremer, mas nada muito forte, foi algo tranquilo. Logo depois nos informaram que a rodada foi adiada e aí sim vimos a dimensão do que ocorreu. As imagens são terríveis", relatou, em entrevista ao Sportv.
Osaka fica a aproximadamente 500 quilômetros de distância do epicentro do tremor, registrado a uma profundidade de 32 quilômetros e considerado o maior de todos já visto no Japão. O tremor provocou ondas gigantes que invadiram as cidades e que ainda podem atingir regiões da Indonésia, Filipinas, Rússia e Havaí. Novos abalos vêm sendo registrados, entretanto, de menor intensidade e o alerta para novos tsnumais ainda é mantido.
"O número de vítimas, em relação à magnitude deste terremoto, é baixo. O povo japonês é muito bem preparado, conta com uma tecnologia própria para este tipo de fenômeno. O Japão tem condições de se recuperar rapidamente", continuou Culpi.
Outros jogadores que atuam no Japão vem relatando a situação, como é o caso de Jorge Wagner, ex-São Paulo. Em sua página pessoal no Twitter, o jogador do Kashiwa Reysol afirmou estar dentro de um trem no momento dos tremores. "Estávamos indo para Osaka. Pegamos um terremoto muito forte. Está uma correria e um trânsito muito grande aqui", disse.
Quanto a um possível retorno ao Brasil, Levir Culpi revelou ter sido procurado pelo Santos, mas vê este momento como muito delicado para pensar neste assunto. "Recebi uma ligação mas hoje, sair em situações como essa, é visto como algo negativo no Japão. As portas para os brasileiros acabam se fechando. A partir da metade deste ano em diante, a situação ficaria mais favorável para o meu retorno", encerrou o treinador.

Fonte: Portal Terra, Kelly Fernanda.